quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Ciclo sem fim

Desigualdade,
Baixa renda,
Vítimas do capitalismo,
Injustiçados da sociedade.

É todo proletariado,
Que trabalha e não dorme,
E se der ainda estuda,
É o que vende a janta para fazer a marmita,
Aquela que em dez minutos é devorada,
Ainda caberia mais.

Guarda o troco porque não sabe se vai receber de novo,
Se vai vir o mesmo valor,
Se não haverá alguma razão qualquer para ser demitido.

Paga a dívida hoje,
Amanhã não tem pra pagar a luz,
Luz?
Seria se não fosse vítima do dinheiro,
Se não vivesse para isso,
Seria se pudesse viver sem essa agonia.

Esqueceram o que é vida,
Os pobres vivem para sobreviver,
Para alimentar o bucho dos grandões,
Que o manipula sem dó,
E todos os outros.

Ninguém percebe,
Disfarça,
Deixa guardado, entalado todo esse desgosto,
Chega sábado é só alegria,
Pode não viajar de avião,
Ou ir para praia,
Muito menos pagar todas as contas.

Mas tem o mínimo de liberdade,
Mesmo que o sono não seja tão tranquilo,
Tem o amor de quem precisa,
Tranquiliza-se com o que tem de mais precioso,
Que certamente não é o dinheiro,
E dorme temendo a segunda,
Onde tudo recomeça.

Um comentário:

  1. Hummmm.. história bem conhecida né...
    Uma realidade de muitos que tem fé e esperança
    Que tudo isso é passageiro..

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