domingo, 25 de junho de 2017

Sorrateira paz

Chega o dia em que você aprende,
Que a felicidade só depende de si próprio,
Que a paz está dentro de você,
E que pode atrair tudo o que quiser.

Daí você esquece,
Vive tão leve quanto a brisa que vem do mar,
Mesmo que com um ou outro peso que inevitavelmente venha a carregar.

Sorrateiramente,
Quase que imperceptivelmente ganha um presente,
Só que sem fazer aniversário,
Como se fosse algo que havia pedido e esquecido de realizar.

É sincero e leve,
Tem cheiro de calma,
Acelera mas não machuca,
Faz tão bem pra alma quanto tudo que cultivou.

É teu, faz parte do universo, sua responsabilidade,
Mas também é pássaro,
Não é preso,
Voa e pousa por livre e espontânea vontade.

É surpresa a cada instante,
Indefinível e assim torna-se especial,
Como aquela festa que você queria que nunca acabasse,
Mas na verdade é leve,
Encontro com a paz,
A agitação é no máximo o quão curioso se transformou.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Livre como pássaro

O universo é essa sincronia toda,
Energia que vem e vai,
Se livre,
Voa que nem pássaro quando sai da gaiola,
Atordoado pousa, bagunça,
Se confunde sem saber onde deve ir.

Ainda livre, se tem destino,
Admira a paisagem,
Faz o ninho,
E fica até a próxima viagem.

Livre são todos,
Ou quase todos,
O que diferencia é ter destino,
Decidir entre ir e vir,
Viajar ou turistar.

Pode ser que não saibamos onde chegar,
Mas se desejarmos,
Tivermos uma pura intenção,
Os astros se movem à favor,
Seja lá o que for,
Basta confiar,
Se inteirar,
Ser parte desse todo,
Mesmo sem saber sua função exata.

Que possamos ser como pássaros,
Aprender a voar mundo afora,
Saber onde pousar,
Levar e acrescentar o que houver de melhor,
Porquê nesse mundo o que vale não é quantas vezes voamos,
Mas o quão fluída ela se torna,
O quanto cada viagem é intensa,
E se elas farão parte da nossa jornada.


domingo, 4 de junho de 2017

Destino fatal

Um dia,
Depois o outro,
Cada segundo parece ser uma grande escalada,
E quando chega ao fim,
Mais uma montanha,
E outra,
Mais uma,
Tempestade,
Ventos fortes, chuva e frio te derrubando,
Se você cai?
Levanta,
Se não, continua.

Às vezes parece que o esforço não compensa,
Tudo de novo,
E de novo,
Rotina sem fim.

Pobres vítimas desse ciclo chamado prisão,
Uns chamam de vida,
Mas aquela se perdeu quando você ignorou sua essência,
Ou mesmo que a essência seja objetivo,
Somos frutos de um sistema a ser obedecido.

Hoje, amanhã e depois,
Quem sabe uma hora compense,
Ser sufocado por esse círculo destruidor,
Não é fácil de se libertar.


Representando tudo que estamos condicionados ou acreditamos estar, para se refletir, apesar de tudo, há o que melhorar. Uma ótima semana.✨