quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Via sem volta

Subi,
Num rumo com destino determinado,
Balançando como uma batedeira na tomada,
Já era normal.

Respiro tentando buscar o ar mais fresco,
A ideia mais pura,
Porém inconscientemente me liguei a algo
Que nunca havia ligado antes,
Meu coração era motor,
E as rodas corriam chacoalhando meu cérebro como nunca.

Era impossível tentar romper esse ligamento,
Conjunto recorrente à distração,
Em máquina havia me transformado sem volta,
Desespero era inútil,
Aceitar imprescindível,
Não era só eu,
Eram todos,
Todos eram só um.

Ninguém reparou ou algo assim,
Normal se julgou e ninguém ouviu,
Respirar ou sacolejar?
Diferença não existia,
Melhor ficar assim,
Peça da mesma função,
Independente do que havia dentro de mim.




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