terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Pare (ser)

Festejar por ser,
Pois parecer é pouco,
Ser livre é infinito,
Parecer é definir o indescritível.

É merecido poder ser,
Deveria ser o mais belo poder,
De quem sabe domar todo o querer.

Triste é quem não é,
Só parece em todos os sentidos,
Culpa de quem?
De quem não é ou de quem define o parecer?

Questões difíceis de se responder,
Mas não é isso,
Ou ao menos deixe toda essa complexidade,
Para agradecer,
Comemorar pela liberdade na sua medida,
Pela vida quando tem o poder de ser.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Via sem volta

Subi,
Num rumo com destino determinado,
Balançando como uma batedeira na tomada,
Já era normal.

Respiro tentando buscar o ar mais fresco,
A ideia mais pura,
Porém inconscientemente me liguei a algo
Que nunca havia ligado antes,
Meu coração era motor,
E as rodas corriam chacoalhando meu cérebro como nunca.

Era impossível tentar romper esse ligamento,
Conjunto recorrente à distração,
Em máquina havia me transformado sem volta,
Desespero era inútil,
Aceitar imprescindível,
Não era só eu,
Eram todos,
Todos eram só um.

Ninguém reparou ou algo assim,
Normal se julgou e ninguém ouviu,
Respirar ou sacolejar?
Diferença não existia,
Melhor ficar assim,
Peça da mesma função,
Independente do que havia dentro de mim.




terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A vida emociona

Alma sensível com a vida,
Com humanos.
São até comoventes aqueles filmes,
Aquela música então...
Mas a vida?
O real, a emoção, o inédito?
Esses sim fazem meu coração bater forte.

Quando a arte extravasa do coração dos humanos,
Gritando tudo que não pode ser dito,
Posso não chorar,
Mas minha alma aplaude.

Quando alguém abraça forte,
Até quando os olhos dizem muito,
Difícil aguentar.

Quando o tempo e a minha capacidade me surpreendem,
Não sou capaz de acreditar,
Caio em mim.

Sou assim, 
Amante da verdade,
Me emociono com a realidade,
Na alma de cada um.


Escrito em 02/01/2017